O mindset Viva la Vida!

Marianna Rodrigues

O que Viva la Vida do Coldplay pode te ensinar sobre autoestima?

Muito se fala sobre autoestima e como é importante gostarmos de nós mesmos, mas isso não é simples. Ainda mais em uma era onde a autoestima de muitas pessoas vem de afirmações positivas sem que haja ações concretas para construir algo estável.

Autoestima sem competência é um desastre completo.

I used to roll the dice, feel the fear in my enemy’s eyes
(eu costumava rodar o dado, sentir o medo nos olhos do meu inimigo)

Dá para perceber que o rei do qual essa música fala tinha uma excelente autoestima, sempre no topo do mundo. Ele tinha as chaves para TUDO, até que…

One minute I held the key, next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand upon pillars of salt and pillars of sand
(Um minuto eu tinha a chave, no seguinte as paredes se fecharam ao meu redor
E eu descobri que meus castelos estavam em pilares de sal, pilares de areia)

Ser um bom governante não é apenar sobre ter controle e causar medo. Não dá para construir uma autoestima inteira em cima disso, pois ela irá ruir em algum momento.

O mesmo se aplica em nossas vidas: quando olhamos no espelho para afirmar que somos bons e que temos valor, isso precisa estar acompanhado de ações ou as afirmações se tornam armadilhas. Se eu digo para mim mesma “eu sou uma excelente profissional”, isso está embasado em ações? Eu busco melhorias, trabalho duro, contribuo de fato para a minha equipe ou apenas apareço para trabalhar?

Se nossas afirmações forem apenas palavras sem ações para apoiá-las, estamos construindo nossa autoestima em cima da areia e ela vai ruir (como os castelos do rei na música).

No próximo texto, vamos falar sobre a relação da nossa autoestima com a Síndrome do Impostor, aquela sensação de que nunca somos bons o suficiente. Até lá!